O texto abaixo, é um ínfimo trecho do meu próximo livro. Espero que gostem!
Os problemas provocados pelo cozimento
Quanto mais cozinhamos, mais destruímos o nosso alimento, mais ele perde o valor nutricional e se torna cada vez mais prejudicial à saúde. Um alimento cozido “estraga” mais rápido do que um alimento cru, quando fora da geladeira, porque o cozimento causa a oxidação e assim o alimento rapidamente se deteriora. Na verdade, após o cozimento, ele já está “estragado”. Se cozinhamos em temperaturas altas, durante longo tempo, a única coisa que sobrará será cinza. Nutricionalmente falando, não existem benefícios em cozinhar alimentos crus, apenas malefícios. Portanto, só deveríamos cozinhar na falta prolongada de alimentos crus e frescos. Ou seja, deveríamos cozinhar apenas, quando estivéssemos perto da inanição, muito tempo sem conseguir alimentos.
Interessante o fato de quase todas as pessoas atearem fogo em seu alimento. Se não ateiam diretamente, utilizam uma panela, passando o calor para o alimento e fica visível a olho nu a destruição e a perda da vida do alimento, ele vai ficando murcho, perde sua cor vibrante e cada vez mais escuro. Se ficar fora da geladeira, estraga rapidamente.
Não entendemos que o fogo que queima nossa mão ao expô-la, é aquele que aquece nossa comida. Sabemos que morreríamos se fossemos “cozidos” ou expostos ao fogo em altas temperaturas, mas não temos noção da destruição que o fogo causa na comida e dos efeitos deletérios que sofremos ao consumi-la após essas alterações químicas. Como podemos acreditar que tal prática não é maléfica?
Quando aquecemos alimentos a pouco mais de quarenta graus Celsius damos início a inúmeros problemas. Como uma regra exata, se a panela estiver tão quente a ponto de não conseguirmos colocar nossa mão, acima do que ela pode suportar, esta temperatura já é o suficiente para alterar de forma adversa seu alimento.
O cozimento acarreta os seguintes danos:
* A perda do real sabor do alimento, engana nossos sentidos, permite a ingestão de alimentos não adaptados a nossa fisiologia. Torna viável a ingestão de alimentos cujo o gosto não é apreciado por nossas papilas degustativas em seu estado cru. Alimentos cozidos, ricos em amido e gordura, são insípidos a língua humana, precisam de temperos e outras substâncias para “dar sabor” e por isso os utilizamos (sal, açúcar, glutamato monossódico). Entretanto, esses condimentos são nocivos a saúde, irritam nossos órgãos digestivos e prejudicam a digestão. Uma banana fresca, crua e madura é deliciosa ao natural. Entretanto quando cozida, quase não tem gosto e por isso colocamos açúcar e canela.
* A remoção da água de dentro do alimento. Esta é uma das principais razões que pessoas adeptas a comida cozida sentem tanta sede. Sabemos que o corpo humano é em sua maior parte constituído pela água e, portanto, ela é um dos nutrientes essenciais à saúde humana, no entanto, jogamo-la “fora” ao cozinhar.
* Enzimas, coenzimas e a maior parte das vitaminas são destruídas pelo calor. A fibra, antioxidantes, fitonutrientes também são danificados. Enquanto os minerais, ao invés de serem destruídos, são perdidos (lixiviados na água) e os que ficam se tornam menos biodisponíveis. É amplamente conhecido que diversos nutrientes como vitaminas, enzimas e fitonutrientes são especialmente vulneráveis e destruídos, mesmo quando submetidos a temperaturas relativamente baixas.
* A coagulação e deaminação das proteínas, tornando-as menos digestíveis e assimiláveis ao corpo. Proteínas não digeridas devidamente são uma das principais causas de alergias, pedras e falhas dos rins, artrite e outras doenças autoimunes.
* A caramelização e desorganização dos carboidratos, tornando os alimentos menos digeríveis. Outros problemas são gerados, como a produção de acrilamidas, uma substância altamente cancerígena, descoberta recentemente. Em adição, carboidratos cozidos contém glicotoxinas e uma destas é um (AGE) “produto final da glicação avançada”. (AGEs) contaminam o corpo, deixando-o vulnerável ao Câncer, Alzheimer e várias outras doenças e causando o envelhecimento precoce.
* As gorduras tornam-se rançosas quando expostas ao calor, ar ou luz. E, ao serem cozidas ficam “grudentas”, facilmente agarrando nas paredes de nossas artérias. Verificamos quão grudenta é a gordura cozida, quando lavamos pratos e panelas usadas para cozinhar e comê-las. Ou ao lavarmos nossas mãos após comer pizza sem talheres. Agora imagine o que ocorre quando essa gordura grudenta percorre suas artérias.
Quando aquecemos a gordura, ela fica rançosa, produzindo radicais livres, acroleinas e outros mutagénos e cancerígenos. Para agravar, o cozimento transforma algumas gorduras insaturadas em saturadas. Métodos de cozimento em altas temperaturas (frituras, churrascos) fazem a gordura produzir substâncias cancerígenas como a acroleína, hidrocarbonetos, nitrosaminas, benzopirenos, entre outras.
* Como confirmado por centenas de pesquisas no prestigioso livro “Diet, Nutrition and Cancer”, durante o cozimento são formadas antivitaminas, antinutrientes, perigosos radicais livres, substâncias cancerígenas e mutagénas, que não se encontravam anterior ao cozimento. Radicais livres são comprovadamente uma das causas do câncer. Quando você diminui a quantidade de radicais livres em seu corpo, você diminui seu risco de câncer. Cozinhar, queimar ou defumar produz altos níveis de moléculas heterocíclicas, muitas das quais adutam ao DNA e são cancerígenas.
* Nosso sistema imune reage à introdução de alimentos cozidos da mesma maneira que substâncias patogênicas como bactérias e vírus. A leucocitose digestiva ocorre após a ingestão de alimentos cozidos, demonstrando que não é algo normal ou benéfico ao nosso corpo.
* As fibras naturais são radicalmente alteradas, aumentando o tempo dos alimentos no trânsito intestinal. O mesmo alimento cru, que passa rapidamente pelo nosso intestino, demora o dobro ou o triplo do tempo quando cozido. Isto facilita a fermentação de carboidratos, a putrefação de proteínas, causando a intoxicação, já que os subprodutos deste processo de apodrecimento vão parar na corrente sanguínea.
* O cozimento facilita a ingestão excessiva de calorias, devido a dois fatores, o primeiro é que a perda de água, ocorrida durante a fervura, diminui o volume do alimento, facilitando ao indivíduo conseguir ingerir uma quantidade maior e anormal. Esclareça-se ainda que a densidade calórica dos alimentos usualmente cozidos, tende a ser maior do que a de nossos alimentos naturais, por isso consumimos quantidades absurdamente maiores do que conseguiríamos se o alimento estivesse cru.
* A má nutrição causada pela ingestão de alimentos cozidos faz com que nosso corpo, mesmo já satisfeitos, ansie por mais nutrientes, devido ao fato de nossas células estarem mal nutridas. Levando-nos a consumir mais alimentos. O que é sem dúvida uma das causas de desordens alimentares e obesidade.
Resumindo, comida cozida é um veneno, que apesar de atuar lentamente, deteriora e destrói o corpo humano com o passar do tempo.
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