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A cura para o Câncer - Métodos naturais


A cura para o Câncer  
Métodos naturais





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DATA PREVISTA DE LANÇAMENTO: Dezembro de 2020
Valor: 75 reais

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Tamanho: 16 x 23
Número de páginas: 272
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Quando matamos os animais para comê-los, eles acabam nos matando, porque suas carnes, que contém colesterol e gordura saturada, não foram feitas para serem consumidas por seres humanos.”  William C. Roberts, Cardiologista e editor chefe do AJC (AMERICAN JOURNAL OF CARDIOLOGY).

Texto da contracapa:

O câncer é a segunda doença que mais mata, quase 30% da população mundial. E usualmente é tratada com cirurgias, terapias e medicamentos. Entretanto, novas evidências científicas vem surgindo a cada dia que, a quantidade e a qualidade do sono, exercícios físicos, interação com plantas, exposição a luz do sol, respeitar nosso relógio biológico, uma dieta saudável rica em vegetais, jejum intermitente e até mesmo jejum de água, entre outros hábitos saudáveis poderia não só prevenir o desenvolvimento da patalogia mas talvez até revertê-la dependendo do estágio. E infelizmente, a maior parte da população desconhece os dados científicos. Existe uma imensidão de pesquisas correlacionando o consumo de proteína animal, a patogênese do câncer. Sabemos que carne processada já é classificada pela OMS como cancerígeno (mas ainda são legalmente vendidas e fornecidas a crianças), enquanto carne vermelha é considerada possivelmente cancerígeno. Agora existem dados mostrando, que toxinas do cozimento, excesso de proteína vindo de produtos de origem animal, o ferro heme da carne, o ato de fazer churrasco, o excesso de fósforo na proteína animal, a principal proteína do leite, um açúcar chamado NEU5GC encontrado na carne vermelha, um aminoácido chamado metionina rico em proteína animal entre outros fatores nutricionais são possíveis promotores do câncer. Enquanto fibras, restrição calórica e proteíca, proteínas vegetais, uma enzima nos crucíferos chamada mirozinase, baixos níveis de IGF-1, compostos anti-inflamatórios e antioxidantes,  fitonutrientes entre outros nutrientes e biomodulações que uma dieta baseada em vegetais, rica em frutas e vegetais induz, são correlacionados a proteção e reversão de biomarcadores correlacionados a muitos tipos de cânceres. Se você quer se proteger dessa terrível doença, este livro contém a informação necessária para auxiliá-lo em viver de forma saudável. 




Índice

Capítulo 1 - Dieta vegetariana e seus benefícios a saúde
Capítulo 2 – O câncer - Genética, diagnóstico excessivo e tratamento desnecessário?
Capítulo 3 – Nutrientes protetores/anticancerígenos
Capítulo 4 - O Câncer e sua etiologia nutricional Nutrientes patogênicos
Capítulo 5 – Fatores de estilo de vida protetores

Capítulo 6 – Alcançando e questionando as recomendações dietéticas usuais com uma dieta Plant-Based
                                                                                            
 INTRODUÇÃO


            Em vista do aumento da incidência de doenças crônico-degenerativas, profissionais na área da saúde ao longo das últimas décadas vem provando que uma dieta isenta de produtos animais e alimentos refinados, ricas em frutas e vegetais, extremamente hipo-lipídica é a forma ideal de nutrição humana, não só em prol de uma melhor qualidade de vida e saúde, mas de longevidade. Devido à falta de fitonutrientes nos alimentos de origem animal, sua baixa quantidade de micronutrientes, sua baixíssima quantidade de antioxidantes e suas quantidades exorbitantes de proteína, gordura saturada, colesterol, alta contaminação de POPs e ainda na atualidade as formas de produção e preparo, produzindo compostos tóxicos e cancerígenos como aminas heterocíclicas e hidrocarbonetos policíclicos aromáticos, causam estes “alimentos” a serem correlacionados em centenas de pesquisas a incidência das principais causas de morbimortalidade da civilização “ocidentalizada”.
Desde o período neolítico, houve o início de uma mudança do nosso parâmetro dietético de milhões de anos, como coletores (uma dieta primariamente composta de frutas, vegetais, oleaginosas cruas) para uma dieta baseada na agricultura de grãos e produtos de origem animal, devido a domesticação de animais para auxílio no plantio dos grãos. Paleoantropologistas sugerem que está mudança dietética é a razão que não se encontra DCD (doenças crônico degenerativas) até o período pré-agricultural.  Nos últimos cem anos, devido a revolução industrial e o exponencial crescimento das cidades, houve uma nova grande mudança dietética nas civilizações que sofrem as influências da industrialização, de uma dieta comum agrária, para uma extremamente refinada, cozida e industrializada (HOPKINS, 2010).
As tecnologias modernas, permitiram a produção de toneladas de grãos para alimentar animais de abate e engordá-los, assim como o congelamento e outros conservantes, permitiram-nos armazenar os alimentos de origem animal que eram outrora altamente perecíveis (KLAPER, 1998). Houve um exponencial aumento populacional e uma mudança da forma de plantio, focando-se em monoculturas, ao invés de policulturas. Focando se na produção de grãos como a soja e o milho, para engordar os animais de abate (HOPKINS, 2010).
Com o aumento do consumo de produtos derivados dos animais e a refinação dos alimentos vegetais, moldou-se uma nova dieta, geralmente nomeada “dieta ocidental”. Com o consumo atual na verdade excedendo as recomendações dietéticas dominantes que partem da premissa que uma dieta onívora é a norma (LINSEISEN, 2009). A partir deste fato, houve uma diminuição drástica do consumo de alimentos frescos e integrais e um enorme aumento da incidência de DCD (doenças crônico-degenerativas).
De acordo com Fontana et al. (2006), “O estilo de vida moderno das nações industrializadas, que inclui consumo de alimentos de alta densidade calórica e proteica, baixa atividade física e altos índices de tecido adiposo, aumentam o risco de desenvolvimento de câncer”.
Ford (2009), mostra dados que, a cada ano, 565 mil pessoas sofrem seu primeiro IAM (infarto agudo do miocárdio) e 500 mil seu primeiro infarto, 1.3 milhões desenvolvem diabetes e 1.4 milhões desenvolvem câncer nos Estados Unidos da América. E 221 mil morrem de IAM, 273 mil de infarto, 69.301 de diabetes e quase 560 mil de câncer no ano de 2002.
Em um estudo epidemiológico nutricional em chineses de Singapura, consumidores frequentes de fast-food (mais de duas vezes por semana), ricos em carboidratos refinados, óleos fritos, produtos animais, carnes embutidas tem consideráveis vezes mais chances de desenvolver diabetes mellitus tipo 2 e DCV (doença cardiovascular) que suas contrapartes que não comem fast-food. E com a globalização, esta mudança dietética ocidental está virando a norma, até mesmo em culturas orientais que até pouco tempo ainda mantinham seus hábitos dietéticos imaculados. O estudo conclui que estilo de vida é o principal fator no desenvolvimento de patologias crônicas (ODEGAARD et al. 2012).
Exercícios físicos, dieta apropriada (rica em frutas e vegetais, cereais integrais e baixo consumo de carne,), baixo IMC e nunca fumar são associadas em diversos estudos a menor incidência de câncer, diabetes, doenças vasculares como o IAM e o AVC. Até mesmo maiores níveis séricos de vitamina C e carotenoides são positivamente associados a proteção contra diversas destas terríveis doenças que assolam a humanidade e matam a maior parte de nossos entes queridos. E provando que todos fatores de estilo de vida auxiliam e influenciam na melhoria da saúde (FORD, 2009).
E de acordo com o relatório World Agricultural Supply and Demand Estimates do USDA (Departamento de Agricultura Americano) o consumo de carne nos Estados Unidos, que vinha aumentando cada vez mais desde o século XX, tem tido uma queda constante nas últimas décadas. De acordo com o prestigioso jornal americano Huffington Post, o Google Trends, análise de tráfego da internet do google indica que há um constante aumento anual de interesse e número de veganos através do mundo.
Vegano é a denominação ao indivíduo que escolhe comer apenas alimentos de origem vegetal, excluindo qualquer tipo de leite, queijo, ovos e mel de sua dieta. A adoção de dietas veganas eram feitas primariamente por questões ambientais e direitos dos animais, quando nos últimos 50 anos, pesquisas científicas, principalmente as epidemiológicas, vem comprovando sua importância em prol da saúde e superioridade nutricional em comparações a dietas onívoras, vegetarianas e lacto vegetarianas (CLARYS, 2014).  
Com a ideia de que plantas, são mais ricas em micronutrientes essenciais à saúde humana que produtos de origem animal, assim como mais equilibradas em proporções de macronutrientes que acabam agindo como biomoduladores, influenciando toda nossa bioquímica, desde enzimas, hormônios, concentrações séricas de diversos nutrientes e melhorando todo o funcionamento orgânico do organismo humano, desde o funcionamento do sistema imune até o fisiológico, sendo capaz de prevenir, parar ou até mesmo reverter doenças crônicas vistas até poucas décadas atrás como incuráveis (NICHOLSON, 1999).
Fitonutrientes, compostos químicos descobertos nas últimas décadas estão começando a serem compreendidos agora apenas, e apesar de milhares destes compostos terem sido identificados, poucos foram estudados e detalhes e ainda não compreendemos sua delicada e magnífica interação e “sinfonia” nutricional. Como o nome já diz, fito, que significa plantas em grego, estes nutrientes são exclusivamente encontrados em vegetais, por serem produzidos apenas pelas plantas (MURPHY, 2011).
Ornish et al. (2008), demonstraram que mesmo com um consumo maior que o necessário de calorias, mas advindas de fontes vegetais integrais, levava a perda de peso sem esforço, sem contar calorias. Perda em média de 11 quilos em um ano, enquanto o paciente comia maiores volumes de comida e relatava-se saciado, sem sentir fome e mantinha sem esforço essa perda de peso mesmo após cinco anos. Assim, utilizando vegetais como a base da nossa alimentação, auxiliamos não só na qualidade da dieta (aumento do consumo de micronutrientes), como na inerente diminuição do IMC, percentual de gordura e valores antropométricos relacionados a DCD.
Portanto, o foco deste trabalho é mostrar evidências que uma dieta exclusiva de alimentos de origem vegetal, seria a forma ideal, mais eficaz, mais econômica e prática de prevenir milhares de mortes e doenças debilitantes, através do mundo. E na verdade, que por questões de anatomia, fisiologia e bioquímica, o corpo humano é mais adaptado ao consumo de alimentos de origem vegetal, do que os de origem animal (GRAHAM, 2007).
Sugiro que o coquetel químico ainda não completamente compreendido que é produzido pelo processo nutricional e de desenvolvimento da planta e armazenado dentro dos alimentos vegetais, leva a dieta vegana, integral, hipo-lipídica ser uma possível forma de reverter a crise de saúde atual, por ser mais rica em micronutrientes e conter proporções de micro e macro nutrientes mais similares as necessidades nutricionais humanas, que foram desenvolvidas durante milhões de anos de evolução, em um habitat onde os alimentos frescos, in natura, de origem vegetal predominavam no habitat e em nossa dieta.