Plástico e petroquímicos – A maior ameça planetária
“O bom do plástico é a durabilidade! O problema
do plástico é que ele é durável, pode persistir no meio ambiente por séculos”
Petroquímicos começaram a aparecer no nossos dia a dia há menos de 100
anos. Do combustível fóssil é feito inúmeros dos nossos luxos da vida moderna,
desde plásticos, até nossas roupas. Os petroquímicos e metais pesados dos quais
nossos commodities são feitos, são extremamente tóxicos e cientificamente
correlacionados a disrupção endócrina, causando cancêres, má formação dos
órgãos sexuais, diabetes e problemas neurológicos.
Desde 1960, a produção de plástico aumentou quase 10% anualmente, se
tornando uma indústria global de 600 bilhões de dólares. Com o tempo, o
plástico vai constantemente se degrando, lixiviando toxinas ambientais lipofílicas
e praticamente invisíveis, que se grudam as células de gordura animal. Além disso,
se quebra em pequenas partículas de 1 a 5 milimetros, chamados de microplástico
que são imperceptíveis a olho nu praticamente. Citando o site olhar digital: “Entre
39 mil e 52 mil pedaços de microplástico podem estar na nossa dieta anual. E se
incluirmos ainda os pequenos pedaços que inalamos, esse número pode subir para
74 mil, de acordo com uma pesquisa publicada na revista Environmental Science
and Technology”.
Pesquisadores já encontraram plásticos nos alpes suiços, tratos
digestivos de animais e em fezes de seres humanos. Todos nós já vimos ou ouvimos de animais
morrendo devido a ficarem presos, sufocados com plástico e até mesmo com seus
intestinos completamente obstruídos por eles. Alguns efeitos no ecossitema de
animais presos ou se enforcando com plástico são óbvios. Mas poucos entendem do
seu efeito em seres vivos, com imunotoxicidade (tóxico ao sistema imune),
reprotoxicidade (tóxico ao sistema reprodutor), neurotoxicidade (tóxico ao
sistema neurológico) e seu efeito carcinogenico e mutagênico. Que ate baleias e
ursos polares no ártico estão se tornando hermafroditas, caramujos machos
desenvolvendo vaginas, peixes machos secretando ovovitelina (proteína que
apenas fêmeas secretam) etc.
Mas o ser humano não fica isento disso. A mídia já chama eles de “GENDER
BENDER CHEMICALS – Químicos que alteram o sexo”. São considerados xenoestrógenos,
agem como o hormônio feminino, bloqueando o masculino. Alterando a formação do
cérebro, causando mudanças comportamentais relacionadas ao sexo, redução na motilidade
e contagem de espermas, prejuízo em sua morfologia, redução de libido entre
outros.
Aproximadamente 8 milhões de toneladas entram no oceano anualmente, e
estimativas conservadoras sugerem 5.25 trilhões de partículas plásticas
atualmente circulam a superficies do oceano. Todo ser humano na terra está
ingerindo em média 2000 partículas de plástico ao dia. O equivalente a 5 gramas
por semana, o peso de um cartão de crédito. Entram em nosso organismo pela água
que bebemos, pela comida que comemos e pelo ar que respiramos
A pessoa comum consome em media 1769 partículas de plástico por semana,
simplesmente ao beber água em garrafa plástica ou até mesmo da torneira. EM
TODOS OS LOCAIS DO PLANETA! Podemos estar bebendo e respirando de 74 mil a 121
mil partículas de microplástico por ano, e aqueles que bebem exclusivamente de
garrafas plásticas podem adicionar em torno de 90 mil partículas por ano aos
números acima.
Marisco é a segunda maior fonte de ingestão de plástico, em torno de 0.5
gramas por semana pelo cidadão usual em média, como eles são comidos por
completo, incluindo seu intestino, após uma vida em oceanos poluídos com
plastico.
O plástico é exposto a forças naturais como o sol, ondas etc. que o
fazem degrader em microplástico (partículas com menos de 5mm em tamanho. A
grande maioria dos peixes hoje em dia contém microplástico. “Achamos plástico
em todo o planeta, desde o ártico até a antártida e no meio do pacífico. Está
na chuva e no ar!” John Hocevar, biológo marinho, líder de campanha do
GreenPeace
Mais de metade do plástico no mundo foi criado no planeta de 2002 para
cá e a poluição do plástico deve dobrar até 2030. A crise global do plástico é
derivada do nosso vício ao combustível fossil. O lucro das empresas e o
malefício ao público é bem conhecido. O petróleo utilizado deixa poluição
atmosférica, física (em formato de plástico), a nível celular (em formato de
toxinas invisíveis), etc.
Não só devido a gasolina queimada, mas em formas de garrafas, sacolas,
containers, roupas, brinquedos, celulares e muito mais, o qual o consumidor se
beneficia de sua vida curta, e joga fora causando um problema global, que o
mundo ainda não entende quão maléfico está sendo!
Formas de ajudar a parar essa insanidade e de reduzir a intoxicaçao?
·
Cortar o consumo de refrigerantes e
bebidas alcóolicas vindo em garrafas plásticas
·
Compra roupas de algodão e não de
qualquer nome sintético que remeta ao plástico
·
Não fumar
·
Cortar o consumo de comida
industrializada que sempre vem em plástico
·
Consumir mais comida fresca e plantar
mais
·
Consumir comida orgânica, pois os
agrotóxicos vem embalados em tóneis de plástico
·
Reduzir ou cortar o uso de cosméticos e
produtos de limpeza
Por isso, pedimos encarecidamente, considere comer mais comida crua,
descascar e desembalar menos. A melhor forma de autosustentabilidade
planetária, acreditamos fortemente, ser a fruticultura. A população ter como
sua base dietética, uma dieta rica em alimentos crus, frescos, como frutas,
vegetais e oleaginosas, produzidos de forma mais local possível. Assim
reduzindo queima de combustível fossil, produção de plástico, desigualdade
social, doenças, microplástico entre vários outros fatores.
Frutas, vegetais e oleaginosas cruas devem ser a base da dieta humana,
como foram por milhões de anos antes do fogo. Ao plantarmos árvores e parar com
a loucura que é o plantio de monocultura, estaremos exterminando muitas fontes
de plástico, desde alimentos até agrotóxicos.
Para mais informações, acesse nosso canal, Instagram, site, nossos
livros, cursos em como você pode dar um passo enorme em prol da sua saúde, do
planeta, dos animais e da sustentabilidade!
FAÇA SUA PARTE!
Tradução e criação
de textos adicionais e formatação pelo Dr. Eduardo Corassa
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Nutricionista clínico
e criador do Saúde Frugal
www.saudefrugal.com.br
Fontes bibliográficas
Rolling
stones - https://www.rollingstone.com/culture/culture-features/plastic-problem-recycling-myth-big-oil-950957/
National
Geographic: https://www.nationalgeographic.com/environment/2018/10/news-plastics-microplastics-human-feces/
Science daily: https://www.sciencedaily.com/releases/2018/10/181023110551.htm
The guardian: https://www.theguardian.com/environment/2018/apr/27/the-hills-are-alive-with-the-signs-of-plastic-even-swiss-mountains-are-polluted
Science daily: https://www.sciencedaily.com/releases/2018/10/181023110551.htm
The guardian: https://www.theguardian.com/environment/2018/apr/27/the-hills-are-alive-with-the-signs-of-plastic-even-swiss-mountains-are-polluted
CNN: https://edition.cnn.com/2019/06/11/health/microplastics-ingestion-wwf-study-scn-intl/index.html
WWF (World Wide Fund for Nature): No
plastic in nature: assessing plastic ingestion from nature to people
https://olhardigital.com.br/noticia/estudo-aponta-que-comemos-milhares-de-pedacos-de-plastico-por-ano/95039