Trecho do livro - A revolucao vegana
Porque consumir uma dieta vegana?
“Em função de
manter a sustentabilidade já que movemos perante uma população global de 9.1
bilhões de pessoas em 2050, estamos pedindo por uma mudança global em direção a
uma dieta vegana e alegamos que o mesmo é crucial para salvar a população
mundial da fome, escassez de combustível e os piores impactos nas mudanças
climáticas.”
Nações Unidas (ONU), relatório “Assessing the Environmental Impacts of Consumption
and Production”.
Os principais benefícios de adotarmos uma dieta sem
crueldade são:
·
Término da fome mundial: de acordo com o
ativista Gary Yourofuski, 65% (1) dos grãos produzidos em todo mundo, são
destinados a engordar os animais que escravizamos para o abate. É sabido que,
apenas com a diminuição no consumo de carne, já conseguiríamos acabar com a
fome no mundo.
·
Melhor aparência física: Dietas veganas, caso não sejam baseadas em junk-food,
são menos calóricas e com menor teor de gordura e, por isso, veganos aparentam
mais jovens e magros do que suas contrapartes onívoras. Laticínios são ligados
à acne. Produtos animais em geral são ligados à obesidade. Dietas ricas em
gordura causam a pele não ser devidamente oxigenada, assim ficando ressecada,
envelhecendo muito mais rápido e causando celulites e outras complicações. Os nutrientes
das plantas encontrados nas frutas e vegetais tornam a pessoa mais atraente, mais
bronzeada e retarda o envelhecimento. (2)
·
Mais fácil perda e manutenção do peso: De acordo com um estudo conduzido pelo renomado
cardiologista Dean Ornish, pessoas com sobrepeso que adotavam uma dieta quase
vegana, hipo-lipídica, perdiam uma media de 11 quilos no primeiro ano e mantinham
essa perda cinco anos depois. E a melhor parte, fizeram isso comendo mais
comida que antes, sem contar calorias e sem sentir fome (3).
·
Melhor funcionamento cognitivo até idades avançadas: O consumo de grandes quantidades de fitonutrientes,
antioxidantes são correlacionados a uma menor propensão a doenças degenerativas
mentais, enquanto o consumo de uma dieta rica em gordura saturada (produtos
animais) é ligado ao alzeihmer, demência e senilidade precoce (4,5 e 6).
·
Menores índices de doenças crônicas e agudas: dietas vegetarianas são ricas em antioxidantes, vitaminas,
minerais, fitonutrientes e baixíssimas em gordura saturada e nulas em
colesterol. Por isso, vegetarianos apresentam menores índices de diversos tipos
de câncer, doenças coronárias, diabetes, osteoporose, alergia (o leite e seus
derivados são altamente ligados a elas), constipação (produtos animais não
contém fibra, um nutriente essencial para o bom funcionamento do intestino, controlar
o açúcar sanguíneo e reduzir o colesterol) etc. O estudo de Oxford estudou 6 mil vegetarianos e 5 mil não
vegetarianos, durante 12 anos e mostrou que os vegetarianos morriam ou sofriam
quase 50% menos dessas DCD (doenças crônico-degenerativas) e ainda tinham bem
menos casos de apendicectomia (remoção do apêndice) (7)
Menores fatores de risco: Veganos com saudáveis dietas hipo-lipídicas possuem
menores níveis de triglicerídeos, insulina em jejum (8), colesterol total e
ruim (9), homocisteína, pressão sanguínea, hemoglobina glicada (a1c), antígeno
prostático específico (PSA),
hormônios ligados à promoção do câncer como IGF-1 (10), testosterona,
estrogênio, insulina, proteína-C reativa ultra sensível (hsCRP, o qual é
um marcador (indicador) de inflamação. Pessoas com altos níveis de hsCRP
apresentam maior risco de desenvolver doenças cardiovasculares como infarto e
AVC (11) entre outros. Estes
são todos chamados de biomarcardores séricos. Substâncias em nosso organismo
que podemos medir em laboratórios através de análise sanguínea e que indicam a
propensão para diversas doenças. Altos níveis destas substâncias em seu sangue são
relacionadas as principais doenças crônicas degenerativas.
Melhorar
seu sistema imune: Sabemos desde 1989, por pesquisadores do
“Centro de pesquisas alemão do Câncer” que embora vegetarianos tenham o mesmo
número de células brancas (as que combatem doenças) comparados a onívoros, as
dos vegetarianos é duas vezes mais efetiva em destruir seus alvos. Ou seja, não
só células cancerígenas, mas vírus também. (12)
Diminuir drasticamente ou cortar sua necessidade por remédios: Pessoas que adotam uma dieta vegana, largam sua necessidade ou diminuem
seu uso de insulina, remédios para colesterol, pressão, asma (12, 13 e 14). Um
exemplo são os
fitoesteróis encontrados apenas nos alimentos das plantas, os quais reduzem o
nível de colesterol sérico sem os usuais efeitos colaterais das drogas
farmacêuticas.
·
Diminuir ou cortar sua ingestão de: Diversas bactérias patogênicas, como E.coli, pfiesteria e salmonella, encontradas na carne, principalmente em hambúrgueres, causam
inúmeras complicações de saúde e até mesmo diversas mortes em crianças
americanas. De acordo com o site do FDA (Administração Federal de alimentos e
medicamentos Americano): “Apesar de poder ocorrer com todo tipo de alimento, os
mais ricos em proteína, como carne, frangos, peixe e frutos do mar são os mais
frequentemente envolvidos com doenças provenientes de intoxicação alimentar”
(15). E por incrível pareça, a ingestão de agrotóxicos também é
consideravelmente menor em uma dieta vegana, mesmo que não orgânica, devido à
concentração biológica destes químicos nos tecidos dos animais.
·
Diminuir sua pegada ecológica: a produção de alimentos veganos consome muito menos
recursos que a produção de qualquer alimento animal. Ao consumirmos vegetais,
economizamos combustível fóssil, diminuímos o desmatamento e as queimadas, a
degradação do solo devido às monoculturas de grãos e o peso de milhares de bois
andando por meses no mesmo local, reduzimos o aquecimento global, o gasto
desnecessário de milhões de litros de água e poluição causada pelo gás metano e
esterco dos bilhões de animais criados para o abate que vão prejudicar a
atmosfera e contaminar rios, lagos e nascentes.
·
Maior eficiência: Registre-se
que, após o abate, o animal fornece uma pequena quantidade de alimento proporcional
ao que foi utilizado para seu crescimento, gerando um déficit calórico, um
gasto muito maior para produzir o alimento do que as fornecidas pelo alimento
em si. Sem contar que é muito dispendioso devido ao laborioso processo de
produção de carne e laticínios, principalmente se compararmos a simples
produção dos alimentos oriundos das plantações de frutas e vegetais, que a
natureza faz a maioria do “trabalho” de produção.
·
Alivio mental: por não estar contribuindo para as catástrofes
ecológicas citadas no tópico anterior e não pagar pelo assassinato de diversos
animais e auxiliar a extinção de diversas espécies a cada refeição que se faz,
você vivencia um alívio sem igual.
·
Uma sensação única: de paz, leveza, clareza mental e mais energia. Maior
compaixão por si mesmo e as outras formas de vida. Muitos relatam uma elevação
espiritual, por não contribuírem com o assassinato e entupir seus corpos de cadáveres
repletos de adrenalina. Devido ao medo da morte iminente, os animais ao serem
abatidos liberam adrenalina, que permanece em seus tecidos após a morte e,
obviamente, ingerimos.
·
Economia financeira: Grãos, legumes, vegetais e frutas são consideravelmente
mais baratos, quando comparados aos produtos animais, se tratando de kg por kg.
Enquanto o do feijão ou da banana gira em torno de 2 reais, o da carne fica em
torno de 10 a 40 reais ou mais, quando se trata de carnes “nobres”. Já que as
estatísticas indicam que veganos sofrem menos de diversas doenças crônicas e
agudas, você terá menos gastos com sua saúde. Em um estudo conduzido pelo Dr.
Ornish, pacientes com doenças coronárias, ao adotarem suas recomendações de uma
dieta quase vegana, integral e baixa em gordura, economizaram em média 30 mil
dólares ao ano, por terem cortado a necessidade por medicamentos, cirurgias e
outros tratamentos caros.
·
Coma mais e menos ao mesmo tempo: Foi demonstrado que a cada aumento em 14 g de fibra, se
diminuía em 10% o consumo de calorias totais, enquanto o indivíduo relatava
estar saciado. Devido aos alimentos veganos serem os únicos que contém fibra,
podemos entender que com uma dieta vegana naturalmente comemos mais, nos
sentimos mais saciados e ingerimos na verdade menos calorias. Sem contar que a
base de uma dieta vegana saudável, é alimentos ricos em carboidratos, os quais
contêm apenas 4 calorias por grama, enquanto a gordura contém 9. Portanto, você
pode chegar a comer duas vezes mais alimentos e ainda assim ingere menos
calorias, (16)
·
Término da constipação: Como a dieta vegana integral é a mais rica possível em
fibras, o funcionamento intestinal é, caso você coma quantidade de comida
suficiente a cada refeição, se mantenha hidratado, pratique exercícios frequentes
e mantenha seu sistema digestivo saudável, tão perfeito quanto o de uma criança
(17).
·
Maior longevidade: Vegetarianos vivem em média 7 e veganos 15 anos a mais,
de acordo com um estudo feito pela Universidade de Loma Linda. Cientistas acreditam
que uma das razões é provavelmente a baixa ingestão dos aminoácidos sulfúricos,
os quais são abundantes em produtos animais (18). De acordo com uma
pesquisa da universidade de Oxford, vegetarianos e ainda mais veganos, tem menor IMC (índice de massa
corporal) do que onívoros, o que é ligado na literatura médica científica a uma
melhor saúde e longevidade. (19)
·
Maior diversidade: Ao invés de comer apenas, pizzas, hambúrgueres,
sanduiches recheados de defuntos e churrasco toda hora, você provará de
centenas de frutas e vegetais, dezenas de sementes, nozes, grãos, legumes,
raízes e tubérculos, com diferentes texturas, sabores e cores, que ao serem
frescos e devidamente preparados, fazem qualquer onívoro pedir por mais.
·
Melhor funcionamento sexual e reduzidos sintomas de
menstruação: É consenso científico
que o consumo de carne é ligado à impotência e problemas de fertilidade (20). Com
um estilo de vida saudável, seus órgãos sexuais receberam mais sangue e
oxigênio, o que significa um melhor funcionamento do membro sexual masculino.
Eliminação completa de dores, câimbras menstruais, sintomas de TPM, entre
outras complicações ligadas ao ciclo menstrual e tidas como “doenças normais”
(21).
1. “Dietary Guidelines for Americans 2010” http://www.procon.org/sourcefiles/usda_dietary_guidelines_2010.pdf
2. Whitehead RD, Re D, Xiao D, Ozakinci G, Perrett DI
(2012) “You Are What You Eat: Within-Subject Increases in Fruit and Vegetable
Consumption Confer Beneficial Skin-Color Changes”. PLoS ONE 7(3): e32988.
doi:10.1371/journal.pone.0032988
3. Obesity Research (2001) 9,
24S–33S; doi: 10.1038/oby.2001.116
4.
Morris MC, Evans DA, Bienias JL, et al. Dietary fats and the
risk of incident Alzheimer's disease. Arch Neurol. 2003;60:194-200.
5. Kalmijn S, Launer LJ, Ott A, Witteman JC, Hofman A,
Breteler MM. Dietary
fat intake and the risk of incident dementia in the Rotterdam Study. Ann
Neurol. 1997;42:776-782.
6. Giem P, Beeson WL, Fraser GE. The incidence of
dementia and intake of animal products: preliminary findings from the Adventist
Health Study. Neuroepidemiology.
1993;12:28-36.
7. Appleby PN, Thorogood M, Mann JI, Key TJ. “The Oxford Vegetarian
Study: an overview” Am J Clin Nutr. 1999 Sep;70(3 Suppl):525S-531S.
8. Hung CJ et al. Taiwanese vegetarians have higher insulin sensitivity than omnivores. Br J Nutr. 2006 Jan;95(1):129-35.
9.
Appleby PN, Thorogood M, Mann JI, Key TJ. “The Oxford Vegetarian Study: an
overview” Am J Clin Nutr. 1999 Sep;70(3 Suppl):525S-531S
10. Allen NE. Hormones and diet: low
insulin-like growth factor-I but normal bioavailable androgens in vegan men. Br
J Cancer. 2000 Jul;83(1):95-7.
11. Fontana L, Klein S, Holloszy JO.” Long-term low-protein, low-calorie diet and
endurance exercise modulate metabolic factors associated with cancer risk” Am J Clin Nutr. 2006 Dec;84(6):1456-62.
12. Nutr Cancer 1989;12(3):271-8.
13. A.D. Andrews, Fit
Food for Men
14. Esselstyn CB Jr, Ellis SG, Medendorp SV, Crowe TD.
A strategy to arrest and reverse coronary artery disease: a 5-year longitudinal
study of a single physician’s practice. J Fam Pract. 1995;41:560-568.
15. Lindahl
O, Lindwall L, Spangberg A, Stenram A, Ockerman PA. Vegan regimen with reduced
medication in the treatment of bronchial asthma. J
Asthma. 1985;22:45-55.
16. A alegação pode ser encontrada em: http://www.fda.gov/Food/ResourcesForYou/StudentsTeachers/ScienceandTheFoodSupply/ucm216920.htm
17. Nancy C. Howarth M.Sc, Edward Saltzman M.D., Susan B. Roberts Ph.D. “Dietary Fiber and Weight Regulation” Article first published online: 27 APR 2009, DOI: 10.1111/j.1753-4887.2001.tb07001.x
18. McCarty MF
et al., “The low-methionine content of vegan diets may make methionine
restriction”, Med
Hypotheses (2008),
doi:10.1016/j.mehy.2008.07.044
19.
E A Spencer, et al. Diet and body mass index in 38 000
EPIC-Oxford meat-eaters, fish-eaters, vegetarians and vegans; International
Journal of Obesity (2003) 27, 728–734. doi:10.1038/sj.ijo.0802300 1Cancer Research UK Epidemiology Unit, University of
Oxford, Oxford, UK
20. Feldman HA. Erectile dysfunction and
coronary risk factors: prospective results from the Massachusetts male aging
study. Prev Med.
2000 Apr;30(4):328-38
21. Barnard ND, Scialli AR, Hurlock D, Bertron P. Diet and sex-hormone
binding globulin, dysmenorrhea, and premenstrual symptoms. Obstet Gynecol.
2000;95(2):245-50.